O Centro de Comunicação Social do Exército informou nesta quinta-feira que arquivou o procedimento administrativo que havia sido instaurado contra o ex-ministro e general da ativa Eduardo Pazuello por participar de um ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Em nota, o Exército informou que concordou com a justificativa apresentada por Pazuello e que "não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general".
Bolsonaro, acompanhado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, ambos sem máscaras, discursa para apoiadores após 'motociata' no Rio Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
No dia 23 de maio, Pazuello participou e discursou de um ato feito por Bolsonaro após um passeio de moto no Rio de Janeiro. O procedimento administrativo foi aberto porque militares da ativa não podem se manifestar politicamente.
Na semana passada, Pazuello apresentou sua justificativa oficial e afirmou que ato não era político-partidário porque que Bolsonaro não é filiado a nenhum partido e que não há campanha em andamento no país. O argumento foi reforçado pelo presidente, que, sem referir-se ao procedimento, disse no mesmo dia que o ato não teve "viés político".
Nesta semana, Pazuello foi nomeado para um cargo na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), vinculada diretamente à Presidência. No Palácio do Planalto, a nomeação do militar foi entendida como um recado ao Exército de que o ex-ministro tem seu respaldo da Presidência.
Leia a nota do Exército na íntegra:
"Acerca da participação do General de Divisão Eduardo Pazuello em evento realizado na Cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2021, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general.
Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do General Pazuello.
Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado".
Bolsonaro diz que 'ninguém interfere' em decisões das Forças Armadas sobre punições
Bolsonaro em live semanal Foto: Reprodução
No mesmo dia em que Exército arquivou processo envolvendo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é comum instituição optar por não representar contra militares. Em sua live semanal, Bolsonaro afirmou que "ninguém interfere" em decisões de punição nas Forças Armadas e citou episódio no qual, quando tenente, foi propor uma punição a um soldado, mas seu superior pediu que "se colocasse no lugar" do punido. O processo contra Pazuello tinha como objetivo apurar a participação do ex-ministro em um ato político com o presidente.
— A punição existe nas Forças Armadas. Ninguém interfere. A decisão é do chefe imediato do comandante da unidade. A disciplina só existe porque realmente o nosso código disciplinar é bastante rígido. Agora, já aconteceu. Eu me lembro uma vez em, 1980, levei um aparte de um soldado. Levei esse aparte para o subcomandante, ele leu e falou: "Volta aqui à tarde. Te peço uma coisa, se coloca no lugar de quem você está punindo para ver se procede essa rigidez toda" — disse Bolsonaro.
— Eu voltei à tarde e falei: "Major, não pretendo mais representar o soldado. Realmente não houve transgressão disciplinar por parte do soldado". Isso é comum acontecer — concluiu.
Em seguida, Bolsonaro afirmou que já foi alvo de punição no Exército por uma entrevista publicada numa revista e indagou se outros militares que estavam na sala também já haviam sido punidos.
Bolsonaro também elogiou o trabalho de Pazuello à frente da Saúde e disse que o substituiu porque o ex-ministro havia chegado "ao limite".
— Vamos ser o quinto pais do mundo a produzir vacinas aqui. E isso começou com quem? Com Pazuello lá atras. O nosso ministro da Saúde, que chegou no limite dele. Achamos melhor colocar alguém mais técnico — disse.
Alvo de críticas pela suposta morosidade na aquisição de vacinas e pela crise de abastecimento de oxigênio no Amazonas, Pazuello é um dos principais alvos da CPI da Covid. Sua nomeação já foi criticada publicamente pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que condenou o fato de Bolsonaro ter colocado um militar para comandar a Saúde, em vez optar por um nome da área.
FONTE: EXTRA.GLOBO.COM
EDIÇÃO: REDAÇÃO DO GRUPO M4 PRODUÇÕES COMUNICAÇÃO E MÍDIA
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