GT Castanha 2030, coordenado pela OIT, MPT e ONU, pretende apoiar mais de 60 mil famílias que atuam no seto
Em uma iniciativa transformadora, a Jasmine Alimentos assinou um acordo de cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Pacto Global (ODS) para aderir ao "Grupo de Trabalho da Cadeia Produtiva da Castanha-do-Pará 2030" visando melhorar as condições de trabalho das pessoas que trabalham no cultivo e na colheita do fruto, que é utilizado por muitas indústrias brasileiras.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), essa cadeia produtiva movimenta em torno de US$450 milhões por ano no mundo. O órgão ainda afirma que esse mercado promove importantes benefícios sociais, econômicos e ambientais para o país, pois agrega mais de 60 mil famílias de extrativistas e agricultores familiares, na região norte do Brasil.
Apesar do importante papel da cadeia produtiva da castanha-do-pará no Brasil, as condições de trabalho dessas famílias ainda são precárias. Segundo o relatório da Organização Mundial do Trabalho (OMT), são comuns acidentes de trabalho por conta de longas jornadas de trabalho e da falta de condições adequadas. Porém, a informalidade gera subnotificação dos acidentes de trabalho e outras situações.
Segundo o estudo da OMT, 87,13% dos entrevistados já contraíram malária. Ainda, 46,53% alegaram sofrer de problemas na coluna devido aos esforços despendidos em transportar as castanhas. Isso sem contar as picadas de animais peçonhentos, como cobra (74,26%) e escorpião (41,58%).
Outro problema recorrente apontado pelo estudo é o trabalho infantil, com indícios de escravidão. Crianças a partir de 8 anos já trabalham com suas famílias na cadeia produtiva da castanha.
GT Castanha 2030
O "Grupo de Trabalho da Cadeia Produtiva da Castanha-do-Pará 2030" tem como propósito mudar essa realidade, conscientizando empresas a adotarem ações de controle e orientação dos fornecedores para melhorar as condições de trabalho dessas famílias.
Uma das primeiras companhias a assinarem esse pacto foi a Jasmine, que é uma das líderes no segmento de alimentos saudáveis no Brasil. O acordo de cooperação com a OIT, MPT e o Pacto Global da ONU estabelece uma responsabilidade coletiva, na qual a empresa terá comprometimento em ajudar a melhorar as condições de trabalho e a cadeia produtiva da castanha-do-pará.
Apesar de o termo não ter valor jurídico, a empresa está empenhada em tal iniciativa. "Temos compromisso com a vida e o bem-estar individual e social. Diariamente, ajudamos a promover um estilo de vida natural e saudável para nossos clientes, colaboradores e parceiros. Isso está em nosso DNA, assim como a responsabilidade social e a sustentabilidade", reforça a diretora de marketing da Jasmine Alimentos, Thelma Bayoud.
Comprometida com a sustentabilidade ambiental e social do setor, a empresa está adotando termos de due diligence com seus fornecedores. Ou seja, antes de fechar um contrato, a Jasmine faz uma análise detalhada do histórico e da reputação do fornecedor para determinar se a empresa está alinhada com os valores da campanha para melhorar as condições de trabalho da cadeia produtiva da castanha-do-pará.
Treinamento aberto para os participantes
Durante o mês de outubro, colaboradores da Jasmine Alimentos participam de treinamentos sobre a "Promoção da devida diligência para enfrentar o trabalho escravo e infantil em cadeias produtivas”, organizado pela OIT, pela Rede Brasil do Pacto Global e pela Condhu - Direitos Humanos e Meio Ambiente.
Durante os encontros, especialistas nacionais e do exterior vão discutir a importância e o papel do setor privado para o fim do trabalho escravo infantil. A equipe da Jasmine irá participar de dinâmicas em grupo para entender as quatro etapas do processo de diligência:
- Avaliação de Riscos e Impactos aos Direitos Humanos;
- Integração e Ação;
- Monitoramento;
- Comunicação e Reporte.
Dessa forma, a empresa estará ainda mais alinhada com o propósito de melhorar as condições de vida e trabalho de todas as famílias que fazem parte da cadeia produtiva da castanha-do-pará. "É mais um passo importante dentro do nosso objetivo de melhorar a vida das pessoas e promover uma sociedade mais justa e próspera", finaliza Thelma.
Sobre a Jasmine Alimentos
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