A nova presidente da CEF, a economista Daniela Marques tem tudo para recuperar a boa imagem da centenária instituição, especialmente junto ao sexo feminino. Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles
Texto escrito pelo jornalista Walter Brito
Cumprimento e parabenizo a ilustre economista Daniela Marques Consentino por sua posse como presidente da Caixa Econômica Federal, ocorrida na última terça-feira, 5/7, e o faço com muita satisfação ao dirigir-me a essa forte mulher nascida em Barra Mansa no Rio de Janeiro, na qual conservo muitas amizades. Quero desejar-lhe muita luz para clarear a imagem de nossa honrada instituição corroída por suspeita de assédio contra o sexo feminino, o que é muito grave!
'A vida pede mais que um banco! Vem pra Caixa você também, vem!' A Caixa não pode ser maculada aos 161 anos de existência
A instituição que agora Vossa Excelência dirige conta com mais de um século e meio de existência, exatos 161 anos completados no dia 12 de janeiro. A infeliz derrocada do antigo presidente certamente ajudará o povo a entender que a mulher é de fato a protagonista da Pandemia da Covid 19, quando morreram 674 mil brasileiros e brasileiras de todos os cantos. Consequentemente, a mulher é também de fato e de direito, a protagonista das eleições que decidirão os destinos do povo brasileiro no dia 2 de outubro.
Este jornalista Walter Brito, ao entrevistar os advogados: Carla Fabiana Melo Martins e Marcos Roberto Cebola e Silva, em nosso escritório no centro de São Paulo - SP
Gostei muito quando a senhora disse em alto e bom som em seu discurso de posse que 'transformará a crise em uma grande oportunidade, inclusive na proteção das mulheres'. A hora é esta, senhora economista, pois ser ágil é uma norma fundamental para o sucesso. Nos meus 42 anos ininterruptos de jornalismo investigativo e político em nosso país, com referências a partir de Ulysses Guimarães, Ruth de Sousa, Grande Otelo, Nelson Mandela, Abdias do Nascimento, Paulo Maluf e Brizola, entre outros, até os nossos atuais personagens da política, da religiosidade, da cultura e da economia nacional, nós entrevistamos a maioria das pessoas lúcidas da nação brasileira.
Claro, como é da profissão, entrevistamos alguns que em nada ajudaram no desenvolvimento da nação mais rica mundo, onde hoje 39 milhões de homens e mulheres passam fome. Mas o que me faz escrever esta missiva, senhora presidente da CEF, é o fazer justiça a favor de uma mulher muito especial, que precisa ser ouvida e ter a atenção de Vossa Excelência no início de sua gestão, que promete ser exemplar! Refiro-me ao caso da costureira pobre de 54 anos de idade, que alega ter ganho 162.625.108,22 (cento e sessenta e dois milhões, seiscentos e vinte e cinco mil, cento e oito reais e vinte e dois centavos), numa das loterias nacionais, entretanto a Caixa não efetuou o pagamento do prêmio. Por isso, peço-lhe que receba em seu gabinete, na capital brasileira, a brasileira que se sente injustiçada, a dona Elizete Gomes Lima, cujo CPF é o 548.222.034 -68, juntamente com a jurista e lutadora incansável pela justiça dos homens, a doutora Carla Fabiana Melo Martins. A competente advogada, junto com sua equipe, inclusive com a participação do advogado criminalista Marcos Roberto Cebola e Silva, só quer que a justiça seja feita.
Eis os partícipes da ação: contra a Caixa Econômica Federal (Requerida 1 - CNPJ:00.360.305/0238-21); Caixa Econômica Federal (Agência) CNPJ: 00.360.305/3149-82 (Requerida 2) Balbino & Santos Lotérica Ltda -ME (Lotérica) CNPJ: 17.462.316/316/0001- 06 - Requerida 3). A ação proposta corre na Justiça desde o início de 2021, na alta pandemia. Dona Elizete, que apostou R$ 4,50, após 85 dias do anúncio do prêmio da Mega-sena, ficou sabendo que era uma de dois ganhadores, cujos números foram sorteados em: 31/12/2020 no concurso 2330. Trata-se do maior prêmio da história das loterias do Brasil, até então, e a quantia que cada um dos dois ganhadores tinha direito a receber é o valor acima referido. Entretanto, o ganhador de Aracaju recebeu o prêmio da Mega da Virada e obviamente deve ter recebido o suposto ganhador da internet no lugar da humilde costureira. É o que esclarece o perito Paulo Antonio de Almeida, mestre em Engenharia da Computação e professor da Fundação Getúlio Vargas, e o perito forense Adriano Penedo de Athayde Vallim. Ambos confirmam que a humilde costureira é dona de um bom Direito. Athayde Vallim, nos esclarecimentos preliminares ao juízo escreve o seguinte:
"Este signatário vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar seu Parecer Técnico, sobre fornecimento de informações pela Requerida (CEF), para atender ao ponto controvertido estabelecido até o momento pelo juízo de confirmar se os dados constantes do bilhete apresentado pela Autora correspondem aos números sorteados. Entretanto, em razão do fornecimento de informações inverídicas no intuito de encerrar de forma antecipada qualquer procedimento de apuração, a Requerida (CEF) forneceu informações que podem induzir o Juízo ao erro, razão pelo qual se faz necessária a produção deste trabalho, com a realização de exames nas especialidades de: Análise Forense, Documentoscópica, Análise Forense Computacional, Fonética Forense (degravação - Ipsis Litteris). Este trabalho técnico visa a demonstrar a necessidade para esclarecer os pontos controvertidos e seja realizada a nomeação de expert de confiança deste juízo, e que o longa manus seja extremamente capacitado tecnicamente, assegurando que o profissional tenha total imparcialidade e isonomia ao apresentar suas conclusões no laudo".
A economista Daniela Marques tem sob seu comando, os 85 mil funcionários da CEF, dos quais 35 mil são mulheres
Entrevistada pela nossa reportagem, a advogada Carla Fabiana Melo Martins afirmou: "Solicitamos a busca e apreensão dos terminais da lotérica e a perícia judicial para periciar o bilhete físico original. Neste sentido houve deferimento do Ministério Público, mas tem que contar com a agilidade da Caixa e o interesse da seguradora e da lotérica para esclarecer esta questão em que existem indícios de fraude de acordo com as perícias feitas. Vale lembrar que a Caixa Econômica publicizou de forma equivocada que o segundo ganhador teria feito o jogo pela internet. Na verdade, foi feita de forma física, e dona Elizete esteve na lotérica para a conferência do bilhete, o que já foi dito por uma funcionária da lotérica nos autos.
Certamente, a partir da produção de provas as câmaras mostrarão a presença da interessada, tanto na lotérica como também na agência da Caixa, onde ela é correntista e pediu para o gerente custodiar o bilhete, o que não foi aceito. E mais, a minha cliente só pretendeu receber o dinheiro no 85º dia, pelo fato de a própria Caixa Econômica ter noticiado que o segundo ganhador teria feito a aposta via internet. Ainda assim, ela compareceu antes dos 90 dias estabelecidos para o recebimento do prêmio", disse. Acredito firmemente que a senhora, minha cara presidente da Caixa Econômica Federal, economista Daniela Marques Consentino, sensível que é com a causa da mulher e da justiça, certamente vai respeitar o contraditório e agilizar o processo da dona Elizete, para que as provas sejam feitas imediatamente.
A humilde costureira, se for provado que é a ganhadora, tem o direito de usufruir de seus milhões ainda em vida. Temos a convicção de que a senhora não vai permitir que o pulso forte do Estado transfira para outras gerações os recursos garantidores de que dona Elizete poderá ter uma terceira idade mais protegida economicamente. Ao receber a dona Elizete e sua advogada, a doutora Carla Fabiana, a senhora estará mostrando ao Brasil que a causa da mulher será efetivamente restabelecida em nossa centenária Caixa Econômica Federal. Estaremos juntos nesta audiência, com a devida autorização de Vossa Excelência.
Na expectativa de desfecho favorável no fazer de honrada justiça ao nosso pleito em prol dos direitos de uma humilde mulher brasileira, antecipadamente agradecemos.
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